Como constatado
em outras ocasiões, o surgimento da internet, englobada nas novas tecnologias
de informação, trouxe grandes mudanças nos paradigmas da comunicação e no
jornalismo. A proposta de algo mais ágil e mais abrangente tornou a web cada
vez mais forte. E, obviamente, as pessoas descobriram uma nova forma de se
expressar. Participar da notícia era uma novidade que há poucos anos não era
possível nos tradicionais jornais.
É aí, então, que surgem as
redes sociais. Intrínsecas na cibercultura, as redes sociais chegaram e
tornaram a comunicação interpessoal muito mais fácil e a forma como ela
propicia a expressão das pessoas, tornou-se marca registrada de seu conceito.
Assim, não demorou muito para essa nova sociedade ganhar importância e
notoriedade.
No artigo de Gastão Muri, jornalista do site Observatório da Imprensa, ele mostra a forma como as redes sociais se transformaram em locais onde as pessoas podem alimentar o seu ego de forma banal e subjetiva. Para ele, é a valorização do ego, e isso se espelha em como as pessoas compartilham e participam das notícias publicadas nas redes. É inegável que o indivíduo possui uma liberdade que antes ele não conhecia de poder escrever e opinar aquilo que deseja, mas na visão de Gastão, isso muitas vezes se perde com opiniões sem fundamentos que podem ou não repercutir de uma maneira que isso influenciará e fomentará o ego do indivíduo, o que lhe trará satisfação.
No artigo de Gastão Muri, jornalista do site Observatório da Imprensa, ele mostra a forma como as redes sociais se transformaram em locais onde as pessoas podem alimentar o seu ego de forma banal e subjetiva. Para ele, é a valorização do ego, e isso se espelha em como as pessoas compartilham e participam das notícias publicadas nas redes. É inegável que o indivíduo possui uma liberdade que antes ele não conhecia de poder escrever e opinar aquilo que deseja, mas na visão de Gastão, isso muitas vezes se perde com opiniões sem fundamentos que podem ou não repercutir de uma maneira que isso influenciará e fomentará o ego do indivíduo, o que lhe trará satisfação.
Reprodução/Google |
Retornando à cibercultura, é irrefutável que, com as Tecnologias de Informação e Comunicação, como denomina Felipe Tessarolo, em seu artigo, também do site Observatório da Imprensa, a sociedade está conectada de todas as formas. Com essas tecnologias, presentes nos carros, nas casas, nas escolas mais recentemente e até mesmo nas pessoas, informações chegam a todo instante e todas essas informações não conseguem ser processadas pelo indivíduo o que denota a necessidade de uma rápida leitura por tudo aquilo que chega até ele. Hoje, vários meios de comunicação já trabalham dessa forma e pensam na necessidade de produzir uma informação muito mais prática para o indivíduo conectado nessa sociedade.
Seguindo essa ideia de
agilidade e dinamismo, o professor de Comunicação Digital, Lili Radfahrer, em
seu artigo no Observatório da Imprensa, irá discutir o aplicativo para
smartphones Snapchat e a sua presença na produção de notícias. Após
atualizações, o app possui uma nova funcionalidade chamada Discover. Em parceria
com alguns canais, a sessão gera conteúdos de seus respectivos canais sem que o
usuário migre para outra plataforma. De acordo com Radfahrer, essa novidade é
abrangente no sentido que o internauta procura sempre algo que seja de fácil
acesso, e dessa forma, apenas com o deslize do dedo e um toque, é possível
encontrar diversos tipos de informação.
Radfahrer destaca que o aplicativo é ideal para as pessoas que, do mesmo modo que veem fotos e vídeos de amigos, podem se informar durante o pouco tempo livre que possuem. E a produção visual, por ser muito mais comunicativa e explicita, estabelece uma possibilidade de se informar dos assuntos mais atuais e, apesar de não ter um lugar onde essas informações ficam armazenadas, é um projeto inovador. Em sua campanha de lançamento, como mostra o vídeo abaixo, o anúncio diz que “existe algo novo todo dia”, o que se aplica ao conceito das novas tecnologias de informação.
Radfahrer destaca que o aplicativo é ideal para as pessoas que, do mesmo modo que veem fotos e vídeos de amigos, podem se informar durante o pouco tempo livre que possuem. E a produção visual, por ser muito mais comunicativa e explicita, estabelece uma possibilidade de se informar dos assuntos mais atuais e, apesar de não ter um lugar onde essas informações ficam armazenadas, é um projeto inovador. Em sua campanha de lançamento, como mostra o vídeo abaixo, o anúncio diz que “existe algo novo todo dia”, o que se aplica ao conceito das novas tecnologias de informação.
Reprodução/Google |
Tessarolo, ainda, traz ao leitor um conceito que é muito presente nos dias atuais. Qualquer pessoa, que esteja conectada nesse mundo cibernético, é capaz de produzir uma notícia e publicá-la imediatamente, no mesmo instante em que ela acontece. A instantaneidade possibilita, assim, uma infinidade de informações publicadas ao mesmo tempo em uma rede social. No Facebook e no Twitter, essa realidade é cada vez mais evidente. Mesmo com os poucos 140 caracteres disponibilizados pelo Twitter, a rede possibilita a publicação de fotos e vídeos que denotam uma informalidade muito maior nos dias atuais e que evidencia o jornalismo online.
O vídeo abaixo irá discutir a utilização do Blog e do Twitter no Jornalismo Online:
Para tentar correr atrás do
prejuízo, alguns veículos surgem com uma nova forma de informar, o que Tessorolo
destaca como “listas banais”:
Alguns veículos têm utilizado novas abordagens na hora de publicar (nas redes sociais) uma informação. Dentre elas o autor destaca o artigo em forma de lista (10 curiosidades sobre fulano, 15 dicas para ter uma vida mais saudável, 10 filmes de terror com zumbis e assim por diante) e um vídeo chamativo curto, pois a notícia postada no Facebook irá competir com fotos da última festa, mensagens do chefe, informações sobre o seu time etc.
Reprodução/Google |
Teassarolo mostra, ainda, a
visão do professor André Lemos e seu artigo Ciber-Cultura-Remix. De acordo com
ele, a ideia de Lemos é que a cibercultura está caracterizada em três leis
“fundadoras”, como menciona o jornalista. Segundo o professor, a radicalidade –
e não novidade – passada através da internet e as redes sociais está no fato de
qualquer pessoa poder transmitir e receber informações ao mesmo tempo, o que
muitas vezes contribui para que determinada notícia se torne mais completa.
A partir disso, ele abre
espaço para a discussão de um artigo de Dal Marcondes, jornalista da
CartaCapital, onde ele questiona o fato de que, uma informação veiculada
através das redes sociais, muitas vezes rendem opiniões baseadas em uma notícia
que, até então, não é confirmada. E isso está relacionado com a confiabilidade
que o jornalismo online possui. Algo que a jornalista Lívia Vieira, também do
Observatório da Imprensa, irá mostrar através de uma pesquisa.
De acordo com o levantamento
divulgado, mais de 70% das pessoas que estão conectadas nesses universo
contemporâneo, não confiam naquilo que é repassado pelas redes sociais. A
partir disso, fica evidente a necessidade de o indivíduo pesquisar outras
fontes de informação que irão comprovar aquilo que é noticiado nas redes
sociais. O processo de apuração, passado na faculdade de jornalismo, ainda é
preciso para que obtenha-se mais confiança naquilo que vem sendo transmitido na
internet. Para Marcondes, o jornalista precisa utilizar essa conexão para
estabelecer tal confiança já que algo que é filtrado por um profissional da
área, tende a ser levado com mais seriedade.
Segundo Marcondes, essa
prática é necessária para que o jornalismo, utilizando suas palavras, não se
transforme em um “entretenimento travestido”.
“Uma frase que circula entre jornalistas explica um pouco desse dilema: ‘Existem dois tipos de jornalismo, aquele que investiga e publica as coisas que a sociedade precisa saber e aquele que publica o que a sociedade quer saber’. É muito mais fácil e cômodo trabalhar com o segundo tipo, que vai em busca da reação fácil, do riso ou das lágrimas pré-fabricadas. O difícil e muitas vezes caro, tanto em dinheiro como em impacto pessoal para o profissional de jornalismo, é desnudar os fatos que a sociedade precisa e tem o direito de saber.”
Outro fator que Messarolo traz em
seu texto, é a relação dos meios de comunicação tradicionais com a internet.
Assim, ele cita o filólogo Umberto Eco, ao ressaltar que esses meios
comunicacionais devem agir como filtros daquilo que é transmitido na internet
para que continuem sendo espelhos “da democracia, da liberdade e da pluralidade”.
Para Lívia, em meio a tantas
informações que chegam até as pessoas, e que muitas vezes confundem, é necessário
impor confiança ao jornalismo online, já que este está em grande ascensão
atualmente. E é evidente a necessidade que o jornal, online ou não, precisa transmitir
credibilidade ao seu cliente para que este continue consumindo suas
informações.
O programa abaixo discute a credibilidade do jornalismo online. Confira!
Reflexões sobre o jornalismo na sociedade contemporânea
Reinventando a notícia
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