A trajetória da minha
vida até chegar à universidade é longa. Longa pois, além de serem 18 anos até a
decisão, demorou pra eu me apaixonar pelo Jornalismo. Fui de informática à
logística. Na escola eu sempre amei matemática e, relembrando isso, me vem até
uma saudade daquela época. Não que faça falta, porque onde cheguei é muito
melhor. Aliás, amava matemática e amava escrever e foi como a “A Escolha de Sofia”
quando finalmente me decidi. No ensino médio, quando minhas professoras de
português elogiavam meus textos foi que comecei a perceber que minha vocação
estava ali, então, não demorou, e logo ingressei na faculdade de Jornalismo.
Precisava de algo
próximo de casa, pois não podia ficar longe da minha família que sempre me
apoiou e me motivou para que eu continuasse meus estudos. Consegui um lugar de
boa avaliação e me decidi. Me matriculei. A ansiedade tomava conta, e era
inegável a minha vontade de pular para o primeiro dia de aula. Já era fã de
jornais e noticiários e o anseio pra começar a faculdade só me fez ler, ler e
ler ainda mais, sobre absolutamente tudo.
Quando o grande dia
finalmente chegou, eu estava atrasado, é claro. E, além de atrasado, não
conhecia ninguém. Não que isso fosse problema pra mim, mas começar tudo de
novo, com pessoas, até então, diferentes de mim, era um verdadeiro desafio.
Claro que não demorou para eu me encaixar em um grupo. Mas durante alguns dias,
fui me conhecendo e conhecendo esse universo que era incrivelmente
inacreditável. Mas eu estava vivendo tudo isso, e amando.
Hoje, esse grupo é
feito por cinco pessoas, incluindo eu. São o meu alicerce dentro da faculdade. Todos
apaixonados pela mesma coisa. Reinaldo, Paula, Larissa e Ailton, colegas e
amigos que encontrei dentro da minha paixão pra ir até o fim, até o dia da
formatura junto deles. São quatro pessoas que, cada um à sua maneira, ajudam o
grupo a andar, a evoluir e contribuem para a minha vida profissional. Aprendo
com cada um deles. E faz apenas dois anos que os conheço, praticamente, e os
defendo até o meu último argumento. É inevitável, eles completam a minha vida
acadêmica.
Apesar de tudo isso,
nem tudo são flores. Passei por dificuldade dentro da faculdade que guardei
para mim e tentei resolvê-las à minha maneira. E consegui. Voltando ao ano
passado, 2014, quando entrei na faculdade, por seis meses dividi o Jornalismo
com uma profissão que, ao longo do tempo, passei a detestar. Não que seja uma
área ruim, mas ela não se encaixava naquilo que eu realmente queria para o meu
futuro. Mas continuei trabalhando nesse lugar, não desisti, pois pra começar a
minha verdadeira carreira, eu tinha que finalizar essa etapa. Finalizei com
orgulho e então, passei a me dedicar inteiramente ao curso. Alguns me chamam de
“nerd”, mas se essa palavra for sinônimo de se esforçar e tentar fazer o melhor
pela paixão que eu escolhi, podem me chamar assim.
Depois de concluída uma
etapa, iniciei uma outra. Meu primeiro estágio em Jornalismo. Mais precisamente,
assessoria de imprensa e, apesar de não ter essa matéria ainda, pude levar
muita coisa do que aprendi com meus professores para esse estágio. Hoje,
continuo nele, e com orgulho realizo as funções que a mim foram atribuídas e
que não saem do contexto jornalístico em nenhum momento. Escrevo menos do que
gostaria, mas, graças à faculdade, essa é uma prática que não perco. Meus
professores sempre passam trabalhos e mais trabalhos (e esse não deixa de ser
um) onde escrevo muito. E que jornalista não ama escrever?
No início da faculdade,
esse amor pela escrita me ajudou bastante a não desistir de um sonho que eu começava
a construir. E, relendo textos que escrevia naquela época e os que escrevo hoje,
percebo uma diferença enorme. Dou o mérito dessa evolução à faculdade e aos
excelentes profissionais que me deram suporte para enriquecer minhas palavras.
E, inclusive, foi o motivo por criar um blog com esse título, onde eu falo da língua
portuguesa, da escrita, da fala e, quando me veio a tarefa de cria-lo, a
primeira ideia foi essa. Porque eu simplesmente amo!
Eu acredito que isso
tudo seja muito pouco em relação à verdadeira sensação que é estar em uma
faculdade, cursar jornalismo e viver a vida profissional que eu amo. Passei por diversos desafios dentro desse mundo e sei que irei passar por muitos outros. E
é isso o que eu quero, ser desafiado ainda na faculdade pois se eu errar, eu
posso melhorar, posso me aprimorar, mas quando eu me formar e começar a andar
com as minhas próprias pernas, eu não vou poder errar, não vou pode ficar
parado e batendo na mesma tecla até acertar. Eu vou ter que me garantir e
assumir a responsabilidade de que, tudo o que aprendo nesse momento é só a base
para um universo de dificuldades que irei enfrentar amanhã. E o bom disso tudo,
é vivenciar isso, é aprender porque algo que eu sempre defendi é que temos que
fazer aquilo que amamos, e quando isso acontece, o fazemos com dedicação.
Quando eu me apaixonei pelo jornalismo, foi a melhor coisa que poderia
acontecer na minha vida.
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Essa música representa minha trajetória acadêmica até o momento